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Porque uso máscaras descartáveis …

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Há quase 7 anos atrás fiz meu primeiro Ensaio de Recém-nascido! Naquela época não havia curso voltado para segurança neste tipo de ensaio, e tampouco se falava no uso das máscaras! As profissionais que eram referência no seguimento naquela época não utilizavam e não havia qualquer case ou exemplo que me sugerisse esse tipo de protocolo…
À principio foi algo genuinamente intuitivo, e eu de fato acreditava que eu poderia assim passar uma mensagem especial aos meus clientes: a de que eu realmente estava preocupada com a segurança nos meus trabalhos! Mas claro, fui estudar MUITO, fiz muitas entrevistas com vários especialistas, e tudo só reforçava a minha iniciativa!
Levei pelo menos 2 anos pra ver os primeiros profissionais usando as Máscaras Descartáveis nas redes sociais! Até lá, fui massacrada por muitos  profissionais, e ouvi tudo que vocês possam imaginar.
Já fui “polêmica”, “do contra”, “diferentona”, “sem noção”…
E com muito orgulho passei a “pioreira”, “responsável”, “conservadora”.
Quando nos propomos a algo diferente precisamos estar preparados para 3 fases desse processo…

Primeiro você será visto como louco! Vão acabar com você, vão te criticar, vão diminuir você e suas iniciativas, vão te fazer parecer ridículo…
Em segundo, irão te observar, você ganhará o respeito de alguns, o bom senso de outros, o apoio crescente…
Por último, as pessoas vão te aceitar! Muitos irão se inspirar em você, outros vão te copiar, e praticamente ninguém terá a coragem necessária de dizer em alto e bom som o que antes espalhavam aos 4 ventos sem a menor cerimônia!
Sinto que cumpri com o meu objetivo, fiz as pessoas repensarem seus protocolos e atitudes, e sou grata à todos que fizeram parte desse processo, todos os médicos e profissionais da área da saúde que me deram a oportunidade de ouvi-los, todos os seguidores que confiaram em mim, e sobretudo, à todas as “minhas famílias” que viram esse diferencial no meu trabalho nesses 7 anos.

As Máscaras Descartáveis atuam como uma barreira física que impede que gotículas de saliva e secreções possam entrar em contato com o bebê e com o ambiente onde está sendo realizado o Ensaio. Estamos falando de um material que pode estar contaminado, inclusive com vírus em período de incubação como é o caso do H1N1, por exemplo! Neste período não temos qualquer sintoma das doenças mas somos capazes de transmití-las. Existem algumas divergências entre a comunidade científica em relação è essas transmissões/contaminações, no entanto, entendo que se existe a possibilidade, opto pela utilização, que se feita da forma correta, pode sim levar mais segurança para os meus trabalhos – foi o entendimento que intelectualmente me convenceu não só como profissional, mas também como mãe!

“Ah, mas os avós, os tios, e sei lá mais quem vão pra casa da família e não usam máscaras!”
Eu não sou a família. Eu sou uma profissional, e naquele momento é possível que a família esteja me vendo pela primeira vez. Entendo que isso se aplica à muitas situações, pois como profissionais, precisamos estar sempre 10 passos à frente! Alguns pediatras sequer recomendam que o bebê saia de casa no primeiro mês de vida, sabiam? É visitar o pediatra e pronto! E aposto com qualquer um como a maioria das mães, depois de me ouvir, se pudessem, pediriam à todos os visitantes para pôr uma máscara descartável ( enquete atualizada a cada ensaio, pois sempre pergunto pra elas! rsrs). Brincadeiras à parte, sabemos da preocupação com a saúde dos Recém-nascidos mas infelizmente as pessoas não têm essa preocupação até estarem com um em sua casa! Os pais espalham álcool em gel pela casa e já observam estranheza de seus familiares… Imagine se pedissem pra usar máscaras! rsrs
Por isso é importante conscientizarmos sempre sobre a importância da higienização constante das mãos, seja com água e sabão, seja com álcool em gel, e também de outras medidas como não usar perfume forte ao visitar o bebê, evitar falar próximo, fazer visitas rápidas, dentre outros. Quem sabe um dia evoluímos para as Máscaras? Sou otimista… 🙂

“Ah, mas a máscara pode sugerir que posso estar doente e o meu cliente ficar tenso, preocupado… Fora que é muito frio, não é humanizado!”
Já ouvi disso pra pior, podem ter certeza! Mas aos colegas fotógrafos: não deixem de fazer um trabalho que vocês ACREDITAM que é o melhor por receio do que podem pensar. VOCÊ É O RESPONSÁVEL POR DESENVOLVER OS PROTOCOLOS MAIS SEGUROS. SEU CLIENTE CONFIA EM VOCÊ! Se você realmente acredita nesse protocolo, converse antes, apresente o seu trabalho e suas razões! Se você se convencer, não deixe de fazer porque um colega ou outro não usa! Ninguém paga seus boletos, ninguém aperta o botão junto com você! Faça o SEU trabalho…
Ser humano é ser honesto com você mesmo e com o que você acredita ser o melhor para preservar a vida dos bebês.

Como existe disparidade de avaliação da comunidade médica sobre o tema, alguns profissionais optam pela não utilização. Mas se você se convencer dos benefícios da utilização, lembre-se: não adianta usar errado! Usar errado pode ser mais prejudicial do que usar, vocês sabiam? Lembre-se: antes de colocar as mãos no bebê, passe sempre álcool em gel nas mãos! Se por alguma razão precisar pôr as mãos na máscara, lave as mãos! Passe sempre o álcool antes de pôr as mãos no bebê ou nas peças que entram em contato com ele! O mesmo vale para mãos secando suor, secreções, coriza, mãos nos cabelos, em objetos como a câmera por exemplo! Achou difícil? Pois é…  Mas tem mais: troque de máscara a cada meia hora de utilização! Fazendo tudo isso direitinho você usará da forma correta e assim poderá oferecer mais segurança aos seus ensaios. Claro, se você se convencer dos seus benefícios…

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Não curtiu? Finge que não leu, a vida segue pra todos nós. 😉

Beijo grande,
Luana Braga

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